Dando sequência à série Compartilhando Emissões aqui no Pontos pra Voar, iremos, no post de hoje, começar a falar sobre uma emissão que realizei com milhas para uma volta ao mundo em classe executiva e primeira classe, utilizando milhas dos programas Iberia Plus (para a saída do Brasil), AAdvantage (para o deslocamento da Europa para a Ásia) e Miles&Go (para o retorno da Ásia para o Brasil com uma conexão longa nos Estados Unidos).
Aqui você encontra:
Introdução
Em primeiro lugar, gostaria de relembrar que nessa série eu e os demais editores do Pontos pra Voar (e você, nosso leitor, também pode contribuir) iremos compartilhar emissões, tanto para voos já realizados, como voos futuros que, nas condições atuais dos programas, são vantajosas.
A ideia central desta série de posts é mostrar para você leitor que é possível voar para diversos lugares do mundo, utilizando-se as milhas acumuladas nos programas nacionais e internacionais que nós, brasileiros, temos acesso morando aqui no Brasil.
Indo além, tentaremos mostrar como realizar as pesquisas de disponibilidade e as melhores opções que os diversos programas nos oferecem, apontando os prós e contras, e possibilitando que você escolha a melhor opção para os seus interesses. Até porque a melhor opção para o editor nem sempre será para o leitor, devendo ser respeitadas as particularidades de cada caso.
Assim, hoje falaremos sobre as emissões em milhas que fiz para uma viagem de volta ao mundo no fim deste ano em classe executiva e primeira classe, passando por alguns países nos continentes da Europa, Ásia e América do Norte, utilizando milhas dos programas Iberia Plus (para a saída do Brasil), AAdvantage (para o deslocamento da Europa para a Ásia) e Miles&Go (para o retorno da Ásia para o Brasil com uma conexão longa nos Estados Unidos).
Nesta parte 1, destacaremos os voos da ida e do primeiro destino (Milão), já na parte 2 falaremos do voo da Europa para a Ásia (de Londres para Tóquio) e do segundo e terceiros destinos (Londres e Tóquio), e, finalmente, na parte 3, falaremos dos voos da Ásia para a América do Norte e de volta para o Brasil, e do quarto destino (Nova York).
Para melhor compreensão, segue a visão geral (extraída do site GCMAP das emissões feitas, lembrando que dividiremos a análise em três partes, como explicado), além do comprovante das emissões dos dois primeiros voos enviado por e-mail pelo programa Iberia Plus:
Comprovante de emissão dos primeiros voos
Primeira Parte
Nesta primeira parte iremos falar das emissões de ida (e do primeiro destino, Milão), isto é, dos trechos Guarulhos-Londres-Milão (GRU-LHR-LIN), todos em classe executiva, voando com a companhia British Airways, para um passageiro, utilizando-se milhas do programa Iberia Plus (na sequência do primeiro trecho, após uma conexão de algumas horas, seguirei para Milão).
A Pesquisa de Disponibilidade e as Opções de Emissões
A pesquisa de disponibilidade para voos da British Airways é feita diretamente no site do programa, ou, como no exemplo em tela, caso sejam utilizados avios da sua conta do programa Iberia Plus (e não os da conta do programa Executive Club, da própria British, que, inclusive, permite o envio entre contas pela ferramenta “combine my avios”), diretamente pelo site do programa da Iberia.
Lembro, ainda, que caso seja utilizado o site do programa Executive Club para emissão ele não permite a pesquisa de voos saindo do Brasil em um primeiro momento. Você deverá simular uma emissão envolvendo dois outros países que não o Brasil (por exemplo, de um voo entre Dubai e Londres), para, posteriormente, em um segundo momento, alterar o aeroporto de saída para o de Guarulhos, sendo daí sim possível a pesquisa em voos saindo do Brasil.
Neste caso, como eu realizei a emissão diretamente pelo site do programa Iberia Plus (já que a quantidade de milhas cobradas era a mesma da tarifada no site do programa da British), não foi preciso fazer este procedimento.
A partir do primeiro destino escolhido (Milão), e considerando uma viagem em classe executiva, utilizando-se aviso (programa da Iberia) surgem algumas opções, e a seguir falaremos sobre elas e porque escolhi voar com a British.
Opção Escolhida e os Motivos da Viagem
O grande atrativo e diferencial para que eu escolhesse voar com a British e, em razão disso, utilizar 90k avios, em vez dos 59k que estava tarifando se eu voasse com a Iberia (foto abaixo), é o fato de que a sua classe executiva (chamada “Club Suite”) está entre as melhores do mundo.
Apesar de a tarifação voando com a British (90k por pessoa para os dois trechos em executiva) estar longe das melhores em razão da atual dificuldade de ser gerar avios com os cartões e programas nacionais (em relação aos programas americanos a situação é bem diferente, diante da paridade 1×1 e dos bônus de transferência que são comuns no Membership Rewards, por exemplo), considerando que tenho um bom saldo no programa da Iberia, não pensei duas vezes em emitir para conhecer essa cabine.
Ademais, as taxas cobradas foram muito justas (apenas 32 dólares, como mostramos mais acima).
Além disso, as tarifações na época se utilizadas as milhas do programa Miles&Go estavam altas, mais precisamente em 181k em voos puros da TAP, e não havia disponibilidade com as parceiras da Star Alliance a fim de aproveitar a tabela fixa de 115k.
Quanto aos motivos da viagem, a ideia era visitar, ainda que rapidamente, a Itália, além de, como já dito, conhecer novas cabines de companhias que eu ainda não conheço, como a British Airways.
Ademais, como sempre friso, tenho por costume programar com bastante antecedência as viagens da nossa família, o que facilita, sobremaneira, na disponibilidade de assentos. Afinal, nem todos conseguem programar uma viagem com 10 ou até mesmo 11 meses de antecedência.
Neste caso, essa antecedência foi decisiva para fechar todo o roteiro. Embora nesta rota em específico a disponibilidade seja boa (04 assentos em executiva por voo são liberados pela BA), de nada adiantaria apenas encontrar disponibilidade nesta primeira parte da viagem, até porque a maior dificuldade estava concentrada nos trechos seguintes, em que há voos em cabines de primeira classe, com assentos prêmio muito concorridos.
Por fim, esclareço que nessa volta ao mundo optei por utilizar o programa da Iberia Plus (e não o Executive Club da British), já que a tarifação era a mesma, por dois motivos: a maior parte dos meus avios estão neste programa e a taxa de cancelamento cobrada por este programa é inferior à cobrada pelo programa da cia britânica (25×35 euros).
Aeronaves, Cabines e os Hotéis
Neste trecho de ida, a empresa britânica, saindo de Guarulhos, vem utilizando um Airbus A350-1000, com a classe executiva com a configuração 1-2-1, equipado com as Club Suites (a semelhança com o nome das Qsuites não é por acaso, já que se trata de uma cabine privativa, também com portas).
A cabine, em recentes avaliações, figura entre as melhores do mundo em classe executiva. Você pode conferir todos os detalhes desta linda cabine na foto e no vídeo abaixo:
Os A351 que fazem a rota tem capacidade total para 331 passageiros (56 passageiros na classe executiva, 56 na premium economy e 219 passageiros na classe econômica).
Já no trecho de Londres para Milão está prevista a utilização de um A319, na configuração 3-3, com 40 assentos em executiva e 83 em econômica.
O tempo entre as conexões na opção de voo escolhida não é longo, mas possibilita o uso do lounge da própria British em Londres, no Terminal 05, acessível por estar voando em classe executiva.
Por fim, será possível (se a pandemia permitir) voltar a visitar a Itália (meu segundo país, já que sou cidadão italiano também), mais precisamente a linda cidade de Milão, que já tive a oportunidade de conhecer em 2018.
E, desta vez, poderei me hospedar no excelente Park Hyatt, se possível utilizando pontos do programa World of Hyatt, a fim de obter um significativo desconto (superior a 50%, considerando a quantia cobrada em euros e a atual cotação da moeda, bem como a tarifação regular (“standart”) em 30k pontos do programa):
Emissões de Passagens com Milhas
Caso você esteja planejando fazer emissões de passagens para voar com pontos de qualquer programa de fidelidade e não quer perder tempo no telefone com a central de atendimento, nossa parceira Wanderlust pode fazer esse trabalho para você.
Para tanto, você precisa apenas enviar um email para viagens@wanderlustconcierge.com.br com as datas que você pretende viajar, o número de passageiros e um telefone para contato, que na sequência o time entrará em contato.
As emissões custam a partir de R$ 300 para o primeiro passageiro por trecho (independente de ser uma viagem de ida ou ida e volta). Demais passageiros no mesmo localizador têm o custo de R$ 200 por pessoa.
Tome Nota
Como foi mencionado ao longo deste post, estamos dando continuidade a uma série em que nós, editores do site, buscaremos compartilhar emissões (tanto para voos já realizados, como voos futuros, ainda não realizados, mas que estão na nossa lista) que, mantidas as condições atuais, são vantajosas.
Desta forma, hoje falamos sobre os primeiros dois trechos de uma emissão para uma viagem de volta ao mundo em classe executiva e primeira classe, utilizando milhas dos programas Iberia Plus (para a saída do Brasil), AAdvantage (para o deslocamento da Europa para a Ásia) e Miles&Go (para o retorno da Ásia para o Brasil com uma conexão longa nos Estados Unidos).
Assim, mostrei qual a opção que utilizei para fazer a emissão rumo à Europa (Milão), e os motivos que me levaram a escolher esta opção, especialmente a questão envolvendo a cabine utilizada pela British na rota de Guarulhos para Londres e a possibilidade de voltar a Milão.
Além disso, reitero o convite ao leitor deste site a compartilhar suas emissões conosco. Para tanto, peço que envie um email descrevendo, resumidamente, a sua experiência e os detalhes da sua emissão para o seguinte endereço: info@pontospravoar.com.
E você, leitor, conhece a nova cabine em executiva da British? Já fez alguma emissão de volta ao mundo utilizando o programa da Iberia Plus? Em caso positivo, compartilhe abaixo, nos comentários, qual a sua impressão.
Para Saber Mais
Veja mais sobre a série Compartilhando Emissões aqui.
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