Neste artigo da nossa seção Histórias e Viagens, o nossa leitora e influencer Isabela Dutra compartilha conosco como foi viajar para o Egito durante a pandemia da Covid-19.
Mas antes, lembrem-se: Fez uma viagem inesquecível? Fez uma viagem horrível? Pagou um mico no exterior? Foi enganado e te cobraram mais do que deveriam? Conseguiu fazer uma super emissão de passagens para dar a volta ao mundo? Fez um churrasco no quintal e foi ótimo? Conte para nós! Basta entrar em contato através do info@pontopravoar.com.
Portanto, a partir de agora, é com você, Isabela:
A viagem de volta ia ser puxada. Seriam 4 voos, 27 horas entre o Mar Vermelho, no Egito, e Brasília. Mas depois da beleza daquele mar transparente e quentinho, e da vontade de voar na executiva da Lufthansa, o tempo de viagem não tinha a menor importância.
Acordei com um pouco de sinusite, mas achei que era por causa do ar condicionado alternado com o calor de 45 graus no balneário egípcio de Hurghada.
E fui pra maratona – Hurghada / Cairo / Frankfurt / Guarulhos / Brasília. Saí do Egito na quinta-feira de manhã e cheguei em casa na sexta ao meio-dia, já com muito mais sinusite e um cansaço extremo.
Bateu logo o sinal de alerta. Mas não podia ser Covid! Eu tinha acabado de fazer o teste pra voltar pro Brasil e o resultado foi negativo! Não tinha dado tempo de pegar o vírus e já estar com sintomas.
Na dúvida, refiz o exame em Brasília e adivinha… estava com Covid.
Tentei retomar os passos da viagem e perceber onde tinha errado nas medidas de precaução. Saí de casa com um saco lotado de máscaras, paninhos de álcool gel e uma promessa pra mim mesma: Isabela, você não vai relaxar!!
Mas as fichas começaram a cair. Talvez eu não tivesse me protegido tão bem assim. Posso ter esquecido de detalhes realmente muito importantes. Tive tempo de sobra pra refletir em 14 dias de isolamento, muito sono e um batalhão de remédios e exames. Gente, não desejo essa doença pra ninguém, de verdade.
Aí tomei algumas decisões do que faria diferente – e passei a fazer, em todas as viagens.
É exatamente isso que quero trazer pra vocês, pra que não relaxem como eu… e não passem por isso. Vejam:
- Usei as máscaras PFFs (N95) nos aeroportos e voos. Mas nas cidades fiquei com as cirúrgicas de 2 camadas por causa do calor, que chegava a 48 graus.
Hoje uso máscara de 3 camadas o tempo todo na rua. Tenho sempre uma PFF2 na bolsa pra trocar em lugares fechados como museus, carros, templos, monumentos. No museu do Cairo ninguém usava máscara, mesmo com ar condicionado ligado.
Os aeroportos estão lotados novamente e usar a PFF2 neles é essencial. Ter sempre outra de reserva também.
- Confiei na higienização dos talheres, pratos e copos dos restaurantes. Médicos me disseram depois que essa é uma forma fácil de pegar o vírus.
Hoje higienizo tudo eu mesma com álcool gel. Principalmente em hotéis ainda com self-service e sem luvas no buffet.
Também não viajaria de novo para um lugar tão quente no verão, onde todos os restaurantes estão com janelas fechadas e ar condicionado ligado e é impossível ficar num lugar aberto. Ou insistiria com o garçom pra ficar numa mesa bem isolada.
- Deixei arrumarem meu quarto em todos os hotéis. Hoje não deixo entrarem todos os dias, se não tiver certeza de o hotel segue os procedimentos de segurança e higienização.
- Relaxei em barcos sem máscara, mesmo cheios, achando que por causa do vento não teria perigo. Hoje mantenho a máscara em qualquer barco, carro ou jardineira aberta, como acabei de fazer nos Lençóis Maranhenses.
Tomo muito cuidado também com motoristas de transfers, táxis, etc. No meio do caminho eles relaxam e as máscaras vão caindo, literalmente. Tem que ficar de olho.
Parece exagero demais? Pode parecer sim. Mas sei bem o que passei com a Covid e juro que não quero passar de novo. São medidas que podem evitar muita dor de cabeça.
Lembro que não sou médica, tomo essas precauções depois dos conselhos de profissionais de saúde que me acompanharam.
Pra finalizar, deixo mais uma dica pros corajosos que, como eu, voltaram a viajar pro exterior. Muita atenção na hora de fazer o PCR pra voltar ao Brasil. Faça com pelo menos 48 horas antes do embarque de volta!!
Um amigo, Gustavo, acaba de passar um sufoco enorme na África do Sul. Ele fez o teste 24 horas antes de embarcar, com a garantia do laboratório de que o resultado sairia no mesmo dia.
Mas em vez de do email com o resultado, ele recebeu um SMS, que não é aceito pela companhia aérea. Por causa do horário não conseguia contato com o laboratório e quase perdeu o voo de volta com a Qatar. Recebeu o email 5 minutos antes do embarque.
Viajar na pandemia requer muito mais atenção com detalhes que o normal. Tenha sempre um checklist de tudo, planeje-se com antecedência que dá tudo certo. E boa viagem!
O que vocês acharam do relato da Isabela?
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